Taí algo sobre o quê eu realmente desconheço se alguém no mundo há de concordar comigo... É sobre o sentir das coisas.
Penso cá que o sentir é um derivativo muito mais do 'como' do que do 'o quê'. Pensem na morte. Quão cruel é lidar com a perda de alguém que se vai trágica e precocemente, face a outrem que parte tranquilo em seu sono, e na idade devida?
Às vezes me pego pensando se não superestimo as pessoas, acreditando que podem lidar com as coisas da melhor maneira possível, e, na hora do famigerado "vamos ver", acaba a forma subjugando o conteúdo e resultando em sentimentos mais dolorosos do que poderiam ser. É como se na primeira GM, antes da penicilina, dos primeiros socorros, da morfina, onde os ferimentos eram os mesmos, mas as formas precárias de cuidá-los resultavam em amputações e mortes.
Mas, seguindo com essa analogia - muito estranha, diga-se de passagem - há de se convir que, assim como os tratamentos dos ferimentos de guerra na primeira década do século passado, o tratamento dado por qualquer um às situações em que vive é o que de melhor este um pode dipor de si mesmo no momento. O que acaba por fim, numa volta completa(xa), por corroborar o que afirmei acima: cada um delibera da melhor maneira possível.
Acontece que não acho que todos entendam dessa forma. O comum é as pessoas tomarem a forma pelo conteúdo e acreditarem que o que as machuca é o fato e não as circunstâncias. Além de dobrarem a frustração esperando do outro que fosse melhor do que se apresenta.
Enfim, eu escrevi hoje - como podem observar nos estranhamentinhos twítticos abaixo - querer o desejo de liberdade do outro espontaneamente ao meu lado e que liberdade compartilhada é o que me faz feliz.
O que é isso? O que é desejo de liberdade? Liberdade compartilhada? Liberdade é um conceito controverso, mal utilizado na contemporaneidade, que tem inclusive sido o cerne de questões que se avolumam nos comportamentos e nas relações, alimentadas pela mídia que trabalhoa com a porposta do "você tudo pode em liberdade infinita e globalizada". Mas não é essa a minha questão aqui.
Gosto do approach dado ao conceito de liberdade pelo existencialismo sartreano, que trabalha com liberdade possível face às contingências. É assim que a entendo.
Assim sendo, os processos de escolha são um exercício de liberdade no possível; uma escolha pode não ser a melhor dentre as opções dadas, mas é sempre o melhor que a pessoa poderia escolher no exercício de sua liberdade naquele momento.
O que é então esta liberdade compartilhada que se dá enquanto escolha espontânea de se estar ao lado a que tanto almejo?
Não acredito mais em cobrar do outro obrigatoriedades para com a relação. Estar ao lado deve ser escolha e processo, não decisão estanque... Parece confuso, porque assim o é, e, justamente por ser processo, é quase impossível cristalizar na limitação das palavras.
Liberdade compartilhada é escolher estar ali dentre as inúmeras outras possibilidades que se apresentem. Não por qualquer convenção, mas por saber que se pode escolher qualquer outra coisa, mas se está ali por livre e espontânea vontade.
Liberdade compartilhada é onde ambos abrem mão das demais escolhas em pirvilégio de uma escolha comum a cada momento, até o momento em que escolherão alhures, ou não.
O privilégio desta perspectiva é prescindir de cobranças e expectativas em demasia, sabendo que a vida do outro que está ao seu lado é todo tempo escolha e que a ele pertence, bem como a mim me escolho e decido os passos que dou um a um, possibilitando - não como imperativo, mas como possibilidade - que se mude de direção. Quando acredita-se que alguém está a seu lado por uma escolha que se reafirma - ou não - a cada momento, não há motivos para duvidar desta pessoa; parte-se do princípio - constitucional, inclusive - de que o outro sempre estará falando a verdade, porque estará dizendo a verdade da sua escolha, que pode não ser a melhor, mas é o melhor que ele pode fazer da sua liberdade naquele momento.
Penso cá que o sentir é um derivativo muito mais do 'como' do que do 'o quê'. Pensem na morte. Quão cruel é lidar com a perda de alguém que se vai trágica e precocemente, face a outrem que parte tranquilo em seu sono, e na idade devida?
Às vezes me pego pensando se não superestimo as pessoas, acreditando que podem lidar com as coisas da melhor maneira possível, e, na hora do famigerado "vamos ver", acaba a forma subjugando o conteúdo e resultando em sentimentos mais dolorosos do que poderiam ser. É como se na primeira GM, antes da penicilina, dos primeiros socorros, da morfina, onde os ferimentos eram os mesmos, mas as formas precárias de cuidá-los resultavam em amputações e mortes.
Mas, seguindo com essa analogia - muito estranha, diga-se de passagem - há de se convir que, assim como os tratamentos dos ferimentos de guerra na primeira década do século passado, o tratamento dado por qualquer um às situações em que vive é o que de melhor este um pode dipor de si mesmo no momento. O que acaba por fim, numa volta completa(xa), por corroborar o que afirmei acima: cada um delibera da melhor maneira possível.
Acontece que não acho que todos entendam dessa forma. O comum é as pessoas tomarem a forma pelo conteúdo e acreditarem que o que as machuca é o fato e não as circunstâncias. Além de dobrarem a frustração esperando do outro que fosse melhor do que se apresenta.
Enfim, eu escrevi hoje - como podem observar nos estranhamentinhos twítticos abaixo - querer o desejo de liberdade do outro espontaneamente ao meu lado e que liberdade compartilhada é o que me faz feliz.
O que é isso? O que é desejo de liberdade? Liberdade compartilhada? Liberdade é um conceito controverso, mal utilizado na contemporaneidade, que tem inclusive sido o cerne de questões que se avolumam nos comportamentos e nas relações, alimentadas pela mídia que trabalhoa com a porposta do "você tudo pode em liberdade infinita e globalizada". Mas não é essa a minha questão aqui.
Gosto do approach dado ao conceito de liberdade pelo existencialismo sartreano, que trabalha com liberdade possível face às contingências. É assim que a entendo.
Assim sendo, os processos de escolha são um exercício de liberdade no possível; uma escolha pode não ser a melhor dentre as opções dadas, mas é sempre o melhor que a pessoa poderia escolher no exercício de sua liberdade naquele momento.
O que é então esta liberdade compartilhada que se dá enquanto escolha espontânea de se estar ao lado a que tanto almejo?
Não acredito mais em cobrar do outro obrigatoriedades para com a relação. Estar ao lado deve ser escolha e processo, não decisão estanque... Parece confuso, porque assim o é, e, justamente por ser processo, é quase impossível cristalizar na limitação das palavras.
Liberdade compartilhada é escolher estar ali dentre as inúmeras outras possibilidades que se apresentem. Não por qualquer convenção, mas por saber que se pode escolher qualquer outra coisa, mas se está ali por livre e espontânea vontade.
Liberdade compartilhada é onde ambos abrem mão das demais escolhas em pirvilégio de uma escolha comum a cada momento, até o momento em que escolherão alhures, ou não.
O privilégio desta perspectiva é prescindir de cobranças e expectativas em demasia, sabendo que a vida do outro que está ao seu lado é todo tempo escolha e que a ele pertence, bem como a mim me escolho e decido os passos que dou um a um, possibilitando - não como imperativo, mas como possibilidade - que se mude de direção. Quando acredita-se que alguém está a seu lado por uma escolha que se reafirma - ou não - a cada momento, não há motivos para duvidar desta pessoa; parte-se do princípio - constitucional, inclusive - de que o outro sempre estará falando a verdade, porque estará dizendo a verdade da sua escolha, que pode não ser a melhor, mas é o melhor que ele pode fazer da sua liberdade naquele momento.
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Estranhe.