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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Literatura erótica.

É no banho que vejo as marcas que você me deixou. Lembro bem desta noite, por trás dos pensamentos embaçados vodkanianos. Seu quarto já me é familiar, sei exatamente onde ficam as suas coisas, a sua cama. Me pede para tirar a roupa, em tom imperativo. Minhas coxas ficam marcadas pelo elástico da calcinha que você arrebenta com força. Pega meus cabelos como rédeas e encontra em mim a posição que deseja. Não bata tão forte, assim você me machuca. Você é quem manda. Sua língua passeia pela minha boca, enroca-se na minha, seus lábios grossos devorando os meus e me deixando o rosto todo úmido, eu me entrego a estes beijos como se hipnotizada, como se desacordada, mergindo inteira com sua boca. Passeia suas mãos por entre minhas pernas, não é delicado, nem tampouco bruto. Sinto os dedos ásperos arranharem ao entrar, sinto meu corpo por dentro. Sou totalmente vulnerável agora. Beija-me entre as coxas minha coluna se contorce em resposta, aperto os olhos para segurar o momento por mais temp

O fim está próximo.

Começamos já errado. Estamos começando pelo fim. Não há fim. Não importa o que façamos. Não há muito o que posso fazer. É insuportável estar aqui, porque não há para onde fugir. É inexorável que a situação te persiga até os confins, onde quer que eu esteja. Porque são minhas as atitudes. Você não vê porque enquanto você falava, eu escondia tudo de você. Você não vê, porque falava demais pra perceber o que acontecia comigo. Você não vê, porque aconteciam muitas coisas ao seu redor, enquanto eu era mais do mesmo. Sempre novidade. Olha, eu não quero ser grossa, mas, começamos já errado. Eu não sei dizer não. E quem sabe. Tudo é perto demais, seus passos são vigiados, não há distanciamento possível que proteja minha integridade. Enquanto isso não me escolhe, eu escolho errar. Me perdoe se eu estiver errada. Mas eu já descobri tudo, não adianta mais se enganar. Minha alma quer me sabotar a qualquer preço. Eu sei o que quero. E sei o que quero quando o que eu quero não pode ser. E isso é pu

Paixão, doença e morte.

Doença, seu sinônimo: patologia. Patologia, etimologicamente do grego, logos , como em todas as logias, com esse sentido adaptado para 'estudo' e pathos , paixão. A Grécia Antiga lidava com as paixões do corpo , termo que foi utilizado até muito recentemente na Idade Média por todos aqueles que ocuparam o lugar de médicos, les medicins . Paixões do corpo, que eram responsáveis tanto pelos aspectos físicos quanto pelo comportamento das pessoas, épocas em que as pessoas eram uma coisa só. E a "cura" não consistia em extinguir, exterminar, eliminar, esconder, se livrar de coisas que pertencem inerentemente ao homem. A cura era o equilíbrio. Em muitos lugares e épocas foi assim, e buscava-se tal bem estar através de diversos artifícios: intelectuais, desporto, ascetismo, exercícios de mente, corpo e espírito, o TAO. Sounds good to me. A medicina atual difere um bocado disso. Cura é sinônimo de não morrer, não doer, não sofrer (sabendo que corro o risco de apanhar por es