Sinto ter estado muito ausente deste meu espaço nos últimos dias. Mas isso é efeito de um fenômeno muito curioso: a realidade. Outro dia eu andara dizendo por aí: a realidade retorna sempre e se faz sentir paulatinamente como uma bigorna. Viver o dado de realidade é inexorável, apesar de todas as patologias que possam contestá-lo, ou até mesmo, anulá-lo. Tive a sorte de passar dois meses numa realidade criada por mim mesma, forjada na pseudo-liberdade de se não ter que fazer. De forma que era tão distante da realidade cotidiana, tão próxima da fantasia, que me foi alimento para estranhar os filosofismos que desvario aqui. Mas chegaacabou. E a realidade dos homens retornou como demanda intermintente, com poucos segundos de pausa. Mas o que é, enfim, realidade, isso de que tanto se fala por aqui? Porque a vida que vivi estes dois últimos meses parecia-me tão fantasiosa e porque chamar de realidade apenas aquilo que mais se aproxima de um consenso geral socialmente determinado de como se ...
Espanto. Estranhamento. Perplexidade. Estrangeirismo.