Ela está sozinha. Parece que bebeu. Acaba de chegar na sua casa escura, e parece que bebeu. É como se as coisas não estivessem no lugar. Mas, oras! as coisas nunca estão no lugar. O Gato, e somente ele a recebe. Mas parece que ela bebeu e nem o Gato dá muita importância, porque ela bebeu, então, ela não será mais ela, nem tão cedo.
Ela será aquela. Aquela que fala das coisas como se fossem verdade. Aquela que sente seu corpo como se pudesse fazer algo quanto a isso. Aquela que soluça. Aquela que está enfim nua. E não está mais com medo de todas as impressões que tomarão seu corpo, porque ela bebeu. E ela tem certeza que Baco nunca a deixaria perder-se em definitivo.
Ela está sozinha, mas seu pensamento está cheio de um alguém. Um alguém que não saberia, talvez, o que fazer com esta bacante sozinha. Seu pensamento está cheio de um alguém, mas seu pensamento é uma realidade concreta, porque ela bebeu. "É então que toco este alguém."
E a solidão da noite, afora um Gato, a confunde ininterruptamente. O ventre do Gato toca seus seios nus. Confunde ininterruptamente. Porque está sozinha? Porque bebeu e está sozinha? O que diabos este corpo quer que está sozinho? Sem ninguém a tocar, sente a sensação de esfarelamento.
Oh, não! E agora? Seu corpo esfarela-se diante de si, ela que bebeu, e que está sozinha, e não há nada que alguém que não o outro possa fazer.
Esfarela-se mas é massa. É demasiado consistente para que possa desfazer-se. Na confusão da noite, o que não daria por um cigarro. Embora seja o cigarro o maior desfazedor daquilo que seja seu eu concreto.
Ela está nua, vestida daquilo que pode sentir nesta noite, embora ela bebeu. Ela bebeu, e queria gritar para alguém: sou tua! Mas seu corpo esfarela-se na visão do outro que não a segura.
Ela ouve os vizinhos. "Estão aí? Posso bacanear com vocês?" Quem a dera! Quem a dera, ter mais um cúmplice! Quem a dera ter um cúmplice que a visse, que a visse dissolver-se nua em si mesma para beber-se novamente, deixando cair sua cabeça pesada e confusa.
Vai à rua comprar cigarros. Vai à rua comprar cigarros? Vai nua, despida de si mesma, porque bebeu e não sabe mais cuidar de si. Porque bebeu e não outro cuidar de si.
Então pensa no valores dos homens. E nos valores dos homens. E os valores dos homens são tão ambíguos que ela não consegue saber se os fuma, ou não os fuma. Seu cabelo cai sobre seu rosto, e seria tão simples se somente alguém os levantasse. Mas ela está nua, e ninguém pode vê-la assim. Ela não compra cigarros porque ninguém mais os quer vender. Seria tão simples se alguém os levantasse.
Ela ouve os vizinhos. Vão-se embora pelo olhar mágico de se ter vinte anos. Ela já tem a pele envelhecida, os ossos fracos, os músculos flácidos de uma idade de quem já esteve aqui muitas e muitas vezes antes. E há que se possa provar! Então pensa nos valores dos homens, e os homens farão do seu corpo velho e cansado uma ferramenta que produzirá pela humanidade. Por que é isso que os homens fazem, mesmo que ela tenha bebido.
Por que no corpo, usa-se os olhos, as mãos, o nariz, a língua e os dentes, e ela lembra-se bem disso, mesmo que tenha bebido.
Fim do terceiro ato.
Ela será aquela. Aquela que fala das coisas como se fossem verdade. Aquela que sente seu corpo como se pudesse fazer algo quanto a isso. Aquela que soluça. Aquela que está enfim nua. E não está mais com medo de todas as impressões que tomarão seu corpo, porque ela bebeu. E ela tem certeza que Baco nunca a deixaria perder-se em definitivo.
Ela está sozinha, mas seu pensamento está cheio de um alguém. Um alguém que não saberia, talvez, o que fazer com esta bacante sozinha. Seu pensamento está cheio de um alguém, mas seu pensamento é uma realidade concreta, porque ela bebeu. "É então que toco este alguém."
E a solidão da noite, afora um Gato, a confunde ininterruptamente. O ventre do Gato toca seus seios nus. Confunde ininterruptamente. Porque está sozinha? Porque bebeu e está sozinha? O que diabos este corpo quer que está sozinho? Sem ninguém a tocar, sente a sensação de esfarelamento.
Oh, não! E agora? Seu corpo esfarela-se diante de si, ela que bebeu, e que está sozinha, e não há nada que alguém que não o outro possa fazer.
Esfarela-se mas é massa. É demasiado consistente para que possa desfazer-se. Na confusão da noite, o que não daria por um cigarro. Embora seja o cigarro o maior desfazedor daquilo que seja seu eu concreto.
Ela está nua, vestida daquilo que pode sentir nesta noite, embora ela bebeu. Ela bebeu, e queria gritar para alguém: sou tua! Mas seu corpo esfarela-se na visão do outro que não a segura.
Ela ouve os vizinhos. "Estão aí? Posso bacanear com vocês?" Quem a dera! Quem a dera, ter mais um cúmplice! Quem a dera ter um cúmplice que a visse, que a visse dissolver-se nua em si mesma para beber-se novamente, deixando cair sua cabeça pesada e confusa.
Vai à rua comprar cigarros. Vai à rua comprar cigarros? Vai nua, despida de si mesma, porque bebeu e não sabe mais cuidar de si. Porque bebeu e não outro cuidar de si.
Então pensa no valores dos homens. E nos valores dos homens. E os valores dos homens são tão ambíguos que ela não consegue saber se os fuma, ou não os fuma. Seu cabelo cai sobre seu rosto, e seria tão simples se somente alguém os levantasse. Mas ela está nua, e ninguém pode vê-la assim. Ela não compra cigarros porque ninguém mais os quer vender. Seria tão simples se alguém os levantasse.
Ela ouve os vizinhos. Vão-se embora pelo olhar mágico de se ter vinte anos. Ela já tem a pele envelhecida, os ossos fracos, os músculos flácidos de uma idade de quem já esteve aqui muitas e muitas vezes antes. E há que se possa provar! Então pensa nos valores dos homens, e os homens farão do seu corpo velho e cansado uma ferramenta que produzirá pela humanidade. Por que é isso que os homens fazem, mesmo que ela tenha bebido.
Por que no corpo, usa-se os olhos, as mãos, o nariz, a língua e os dentes, e ela lembra-se bem disso, mesmo que tenha bebido.
Fim do terceiro ato.
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Estranhe.