É no banho que vejo as marcas que você me deixou. Lembro bem desta noite, por trás dos pensamentos embaçados vodkanianos. Seu quarto já me é familiar, sei exatamente onde ficam as suas coisas, a sua cama. Me pede para tirar a roupa, em tom imperativo. Minhas coxas ficam marcadas pelo elástico da calcinha que você arrebenta com força. Pega meus cabelos como rédeas e encontra em mim a posição que deseja. Não bata tão forte, assim você me machuca. Você é quem manda. Sua língua passeia pela minha boca, enroca-se na minha, seus lábios grossos devorando os meus e me deixando o rosto todo úmido, eu me entrego a estes beijos como se hipnotizada, como se desacordada, mergindo inteira com sua boca. Passeia suas mãos por entre minhas pernas, não é delicado, nem tampouco bruto. Sinto os dedos ásperos arranharem ao entrar, sinto meu corpo por dentro. Sou totalmente vulnerável agora. Beija-me entre as coxas minha coluna se contorce em resposta, aperto os olhos para segurar o momento por mais temp...
Espanto. Estranhamento. Perplexidade. Estrangeirismo.