"(...)Leve o diabo a vida e a gente a tê-la Nem leio o livro à minha cabeceira. Enjoa-me o Oriente. É uma esteira Que a gente enrola e deixa de ser bela. Caio no ópio por força. Lá querer Que eu leve a limpo uma vida destas Não se pode exigir. Almas honestas Com horas pra dormir e pra comer, Que uma raio as parta! E isto afinal é inveja. Porque estes nervos são a minha morte. Não haver um navio que me transporte Para onde eu nada queira que não o veja! Ora! Eu cansava-me do mesmo modo. Qu'ria outro ópio mais forte para ir de ali Para sonhos que dessem cabo de mim E pregassem comigo nalgum lodo. Febre! Se isto que tenho não é febre, Não sei como é que se tem febre e sente. O fato essencial é que estou doente. Está corrida, amigos, esta lebre. Veio a noite. Tocou já a primeira Corneta, para vestir para o jantar. Vida social por cima! Isso! E marchar Até que a gente saia p'la coleira! Porque isso acaba mal e há de haver (Olá!) sangue e um revólver lá pro fim Deste desassosseg...
Espanto. Estranhamento. Perplexidade. Estrangeirismo.