A existência é perfeita. Nem mais nem menos. Não se deve questionar o que se lhe acontece, porque é a perfeição. A existência é perfeita e você está exatamente onde deveria estar nesse momento. O que lhe acontece é exatamente da forma como deveria. Todos os milhares de seres que atravessam seu caminho ao longo do dia, deveriam estar precisamente ali naquele momento, não antes, não depois, não em outro caminho, mas no seu, naquele instante único. A unicidade é a precisão da existência. Porque só existe isso agora. E o que existe é minuciosamente programado para vir a ser, nesse único instante do existir. O existir não é linear. É apenas um ponto,o ponto do instante. Não existe antes nem depois, apenas isso, o instante que há, é onde eu existo. Eu não fui nem serei. Tampouco sou. Eu estou sendo. O momento do devir. E eu devenho a cada instante que é um só. O que há é apenas o agora. O que foi e o que será não têm consistência. É vago, etéreo, onírico. O único real é o do momento presen
Sexta-feira, uma hora da manhã. Um dia sem trabalho. Sem compromissos formais. Um dia para dormir até quatro da tarde. O primeiro de um longo feriado emendado. Em casa. A despeito dos convites e do rock'n roll acontecendo lá fora. Pergunta-se, porquê em casa? É a idade. Não. É o desinteresse pelas situações mais que conhecidas. Estar na festa. A música. Todas aquelas pessoas tentando parecer felizes. Todas aquelas pessoas tentando parecer mais interessantes que as outras. Todas aquelas pessoas tentando parecer. E a certeza de que estar lá significa necessariamente vestir a surrada carapuça das situações como essa. Tentar parecer feliz e interessante. Relembrar todas as teorias dos livros de auto-ajuda que dizem sobre dar a chance ao destino de colocar as pessoas certas no seu caminho, e que por isso deve-se estar, aparecer, participar. Sorrir. Dançar. Essas músicas incríveis. Em casa sexta-feira à noite, começo de feriadão. Pelo grandissíssimo desinteresse no mesmo novo de sempre